Madame Bovary, de Gustave Flaubert

Sábado, 10 de maio de 2014




Opinião
Com Madame Bovary, voltei aos clássicos, mas foi um regresso um pouco custoso!... Este romance (que se revelou um escândalo aquando da sua publicação em França) relata a história de Emma Bovary, casada com um médico campónio, e que busca em relações adúlteras a paixão, o prazer e os amores sensuais que conhece das suas leituras de romances de amor! Contudo, essas relações extraconjugais levá-la-ão a uma espiral de desgostos e dívidas e consequentemente à desgraça da sua família e à sua morte!
Ao ler esta obra, voltei ao mundo do Realismo e Naturalismo e não pude deixar de fazer paralelismos com as obras do grande Eça – personagens de várias classes sociais e repletas de defeitos, discussões “acesas” entre clérigos e defensores da ciência, bem como descrições de locais e ambientes levadas ao pormenor.
Como já há algum tempo não lia nenhuma obra do século XIX (exceto as de Jane Austen), não consegui sentir simpatia por Madame Bovary, apesar de ter consciência de que todas as suas fantasias, os seus sonhos de “amor e uma cabana” fizeram parte da minha vida quando era adolescente… Mas já estou bem mais madura J e, como tal, senti-me muito crítica em relação a tudo o que ela fazia… e igualmente pouco de acordo com aqueles leitores que dizem que quem não lê Madame Bovary não conhece as mulheres!... Isso está bem longe da verdade.

NOTA – 07/10

Sinopse
«Madame Bovary sou eu», disse uma vez Flaubert, a quem o êxito do seu romance publicado em 1856 acabou por irritar, de tal modo eclipsou os seus outros livros.

Ema Bovary persegue a imagem do mundo que lhe é dada por uma certa literatura desligada da realidade. Arrastada pelas suas ilusões, a mulher do prosaico Carlos Bovary imagina-se uma grande amorosa.

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