Prometo falhar, de Pedro Chagas Freitas

Quinta-feira, 05 de fevereiro de 2015




Sinopse
Prometo Falhar é um livro de amor.
O amor dos amantes, o amor dos amigos, o amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe, pelo pai, o amor que abala, que toca, que arrebata, que emociona, que descobre e encobre, que fere e cura, que prende e liberta.
O amor.
No seu estilo intimista, quase que sussurrado ao ouvido, Pedro Chagas Freitas leva o leitor aos estratos mais profundos do que sente. E promete não deixar pedra sobre pedra.
Mergulhe de cabeça numa obra que mostra sem margem para equívocos porque é que é possível sair ileso de tudo.
Menos do amor.
        
Opinião
Infelizmente, Prometo falhar cumpriu a sua promessa. Falhou. E falhou tanto comigo que obrigou-me a parar a sua leitura na página 103…
Sinto-me desiludida, desapontada por variadíssimas razões. Em primeiro lugar, estava à espera de um romance, porque, de uma forma inconsciente ou não, tudo o que vi, li e ouvi sobre a obra me levou a concluir isso; em segundo, porque, apesar de não me influenciar pelos tops de venda, tenho que confessar que as semanas a fio que esta obra ocupou (e talvez ainda ocupe) o correspondente primeiro lugar me deixou curiosa; em terceiro, porque me senti seduzida pelo título e pela frase que lhe sucede – O amor acontece quando desistimos de ser perfeitos; por fim, porque queria ser conquistada por um emergente autor português e pela imperfeita, cheia de falhas, mas tão humana história de amor que havia criado.
Por tudo isto, é fácil imaginar o entusiasmo e o alvoroço que me consumiam quando, depois de alguns meses a marinar na minha estante, Prometo falhar finalmente chegou às minhas mãos. Entretanto, já tinha “charlado” com a Nancy e ela já me havia posto a par do facto de a obra não ser um romance, mas sim uma compilação de textos que celebra as diversas formas e facetas do amor. Não foi essa informação que arrefeceu a minha excitação e interesse pelo livro. Li os primeiros textos ou crónicas com prazer, sublinhei variadíssimas passagens, deixei-me cativar pelas rotinas de pessoas anónimas que partilham as suas experiências, deceções, conquistas ou sonhos, mas, à medida que as páginas iam avançando, o encantamento foi-se perdendo e sendo substituído pelo que só consigo descrever como cansaço. Saturação de ler textos que, um atrás do outro, nos contam o mesmo, invariavelmente o mesmo…
Até hoje, só havia deixado duas leituras inacabadas e detestei fazê-lo. Sou teimosa o suficiente para, mesmo perante livros, leituras que não me seduzem desde o princípio, não desmoralizar e seguir em diante, em busca de alguma mudança no desenrolar da história, de alguma característica de uma personagem, de alguma passagem, de um pormenor que me conduza até ao desfecho e me leve a concluir que as horas que dediquei a esse livro, a essa leitura não foram em vão. Infelizmente, Prometo falhar nem isso me deu e tornou-se assim na terceira leitura que deixei inacabada... Não conseguiu prender-me de maneira nenhuma, apenas conseguiu fazer-me sentir o que quase nunca sinto com as minhas leituras – cansaço, desalento, enfastiamento…
Resumindo, não é difícil adivinhar que não posso recomendar esta obra. Não posso, porque considero que a literatura e o correspondente prazer da leitura saem beliscados com a “falha” que é a obra de Pedro Chagas Freitas.

NOTA – 2/10

6 comentários:

  1. eu também parei a meio... :(

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    Respostas
    1. Partes que seduzem mt e outras que perdem por completo, é isso? poesia demais...

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    2. Não. Muita frase feita, contraditórias e ideias que se repetem vezes sem conta...

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    3. É isso... poesia forçada... do que ele escreve, eu acho que há coisas mt boas, consegue aprofundar, mas depois, parece que , como há um esforço para abusar das palavras, deixa de fazer sentido no meio de tudo... perde-se a ideia para abusar da palavra... :(

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    4. Ideias que se repetem, alguns clichés... há descrições fantásticas... mas outras... :(

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