Nenhum olhar, de José Luís Peixoto

Quarta-feira, 09 de março de 2011



Voltei ao universo de José Luís Peixoto, consciente de que, mais uma vez, ia ficar rendida à beleza da sua escrita, à melodia das suas palavras, mas que ia, ao mesmo tempo, sofrer com tanta tristeza, tanto desespero, tanta tragédia e assim foi… Que mistura de sensações me assolou durante e no final da leitura, Dios mío!
Aqui fica a sinopse:

Numa aldeia do Alentejo, com um pano de fundo de uma severa pobreza, o autor vai tecendo histórias de homens e mulheres, endurecidos pela fome e pelo trabalho, de amor, ciúme e violência: o pastor taciturno que vê o seu mundo desmoronar-se quando o diabo lhe conta que a mulher o engana; o velho e sábio Gabriel, confidente e conselheiro; os gémeos siameses Elias e Moisés, cuja terna comunhão se degrada no momento em que um deles se apaixona; ou o próprio Diabo. As suas personagens são universais, assim como a sua esperança face à dificuldade. «... a partir da segunda ou terceira sequência ficamos seguros de que a inclinação é fatal: vamos embater num limite, num muro, num enigma, na origem do mundo e no desastre final...»

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